Dados mais recentes indicam um decréscimo do volume de transacções, pelo menos nas duas maiores cidades portuguesas.
Dados de Outubro do Confidencial Imobiliário indiciam, em termos comparativos com o trimestre precedente, uma redução que se aproxima dos 10% entre novos e usados.
Sendo que esta oscilação pende principalmente para o segmento das unidades novas, demonstram uma alteração relativamente ao período precedente.
De ressalvar que os dados reportam ao período de verão onde, muitas vezes à uma redução do volume de transacções, um facto demonstrativo da existência de sazonalidade que nem sempre é contrariada.
Este sentimento será, aparentemente, contraditório com os valores crescentes de investimento e de licenciamento de novas obras.
A esta realidade pode-se acrescentar o crescimento dos valores médios dos imóveis, particularmente em alguns espaços geográficos. Crescimento de 0,3 de modo geral e de 2,3% para a área de Lisboa de acordo com os dados do SIR - Confidencial Imobiliário.
Será que estaremos a aproximar-nos de um momento de inflexão, ao que as condições políticas não são alheias? Isto mesmo depois da Comissão Europeia ter revisto de forma positiva os dados para o crescimento económico para Portugal.
Ao que se deve acrescentar o decréscimo das taxas de desemprego para níveis abaixo da pré-pandemia, pelo menos pelos dados preliminares apresentados recentemente.
De facto a situação política, com a queda do governo, e principalmente com a inexistência de um Orçamento de Estado (que se deve estender pelo menos por mais meio ano), mesmo com a possibilidade de executar partes do Plano de Recuperação e Resiliência, os sentimentos acabam por ser contraditórios e vão merecer uma atenção redobrada nos próximos meses.
Ao que se pode adicionar a evolução da pandemia, apesar dos elevados níveis de vacinação que Portugal possui, mas que atravessa novamente níveis preocupantes na Europa e um pouco por todo o mundo com a chegada do inverno.
A este facto, e de acordo com o Estudo que foi publicado recentemente por parte da PWC - Price Waterhouse Coopers, “Emerging Trends in Real Estate Europe 2022 – Road to Recovery”, e como noticiado na Vida Imobiliária, estamos a assistir a uma distribuição, e mesmo alteração, do tipo de activos em que os investidores terão tendência em investir.
Mas será uma temática sobre a qual nos debruçaremos brevemente com a avaliação de tendências que podem ser relevantes para o novo ano que se aproxima.
Nesta fase importa manter a vigilância relativamente à evolução do mercado nas suas diversas variantes, nomeadamente no que se refere a factores que podem afectar a evolução do mercado, e sobre os quais a Imobintel mantém a sua atenção.
Agora, à semelhança dos anos passados, há que manter e estudar o mercado e os consumidores e a forma como abordar este mercado.
Algo com que pode contar com a nossa colaboração.
E qual a sua opinião de todas estas movimentações e evoluções?
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