Com a pandemia em disseminação por todo o mundo, todos os trabalhadores que foi possível, foram enviados para sua casa para trabalhar remotamente.
Hoje somos mesmo confrontados com inúmeras notícias (principalmente on-line) de gurus de todas as dimensões a ensinar o que fazer e não fazer quando se trabalha em casa. Um novo motivo de conversa e de debate entre muitos que nunca tiveram esta experiência.
Mas sendo uma situação que se pode prolongar por alguns meses, qual a perspectiva do regresso ao trabalho? Ou seja, entre responsáveis das empresas e os próprios trabalhadores (que ficaram a conhecer uma realidade diferente) fará sentido todos voltarem a reunir-se debaixo do mesmo espaço?
O teletrabalho, forma de produzir que na Europa não tinha tido uma adesão pronunciada, também por requisito dos responsáveis das empresas que sempre quiseram os seus trabalhadores ao seu alcance e vigilância, é algo que tem adeptos por todo o mundo.
No caso das gerações mais novas (Millenials e Gen Z) é uma forma "natural" de estar e trabalhar, tendo muitas empresas nascido neste modelo ou em espaços partilhados como sejam os "coworking".
Agora que uma franja considerável da população passou por uma experiência forçada a este nível como será o regresso (haverá regresso?) e quais serão as consequências sno que se refere ao mercado dos espaços comerciais e de escritórios?
O regresso ao trabalho que já está a acontecer a China já está a sofrer os reflexos da quarentena forçada ao longo dos últimos meses.
Inquéritos feitos junto das empresas desse mercado, reportam situações em que volumes até 40% de trabalhadores que estiveram a trabalhar remotamente ainda não voltaram aos seus postos.
E os empregadores, após a experiência, e de a curva de aprendizagem ter sido forçada, também têm outra perspectiva sobre esta forma de trabalho.
Que para além de outras consequências pode trazer alguns benefícios (mesmo obrigando a adopção de cada vez mais ferramentas e soluções digitais), como a redução do volume de espaço necessário para as suas empresas, uma redução substancial dos custos associados: rendas, luz, água, equipamentos e mobiliários, e toda a logística; entre muitas outras questões que podem ser postas em cima da mesa (por exemplo, menores níveis de ausência do trabalho, pelos vários motivos); assim como aumentos (mesmo que iniciais) de produtividade e de concentração dos trabalhadores neste regime.
O ambiente também poderá agradecer com a consequente redução do volume de deslocações necessárias pelas cidades.
Isto poderá querer dizer uma mudança abrupta nas necessidades de espaços por parte das empresas, nomeadamente em termos das dimensões e configurações.
Igualmente o mercado residencial, transformando-se esta forma de agir numa tendência crescente, terá igualmente de se adaptar, por exemplo incluindo espaços de trabalho nas habitações (o verdadeiro "home office").
Outro produto, que nem sempre teve grande adesão (pelo menos em algumas geografias) pode vir a ser o novo normal. Estamos a falar naturalmente em espaços de "coworking" e similares. Espaços que permitam a quebra do isolamento social gerado pelo tele-trabalho, a promoção de reuniões ou o acesso a recursos que o "escritório lá de casa" não proporciona.
Será que este vai ser um consequência colateral de uma crise global que empurrou muitos para a experiência do "trabalho de uma forma diferente"?
Pelo menos as gerações mais novas no mercado de trabalho, os Millennials e a Gen Z, vão sentir-se como "peixe na água", provavelmente estimulando novamente o "nomadismo digital" e o trabalho a "grandes distâncias".
Algo que nos vai obrigar a estar alerta com o progressivo regresso à normalidade nos vários países após a pandemia, pois poderá ainda ser uma opção estratégica para investimentos em desenvolvimento. Quem sabe.....
Home Workers - is it the future?
With the pandemic spreading all over the world, every worker that was possible was sent home to work remotely. Today we are even faced with countless news (mostly online) from gurus of all sizes teaching what to do and not do when working at home. A new reason for conversation and debate among many who have never had this experience. But being a situation that can last for a few months, what is the prospect of returning to work? In other words, between company managers and the workers themselves (who got to know a different reality) does it make sense for everyone to meet again under the same space? Telecommuting, a way of producing that in Europe had not had a pronounced adhesion, also by requirement of the heads of companies that always wanted their workers to be within their reach and vigilance, is something that has followers all over the world. In the case of the younger generations (Millenials and Gen Z) it is a "natural" way of living and working, with many companies born in this model or in shared spaces such as "coworking". Now that a considerable section of the population has had a forced experience at this level, what will the return be like (will there be a return?) And what will the consequences be on the market for commercial and office spaces? The return to work that is already happening in China is already suffering the effects of the forced quarantine over the past few months. Surveys carried out with companies in that market report situations in which volumes up to 40% of workers who have been working remotely have not yet returned to their posts. And employers, after experience, and the learning curve has been forced, also have another perspective on this way of working. That in addition to other consequences can bring some benefits (even forcing the adoption of more and more digital tools and solutions), such as the reduction of the volume of space needed for your companies, a substantial reduction of the associated costs: rent, electricity, water , equipment and furniture, and all logistics; among many other issues that can be put on the table (for example, lower levels of absence from work, for various reasons); as well as increases (even if initial) in productivity and concentration of workers in this regime. The environment can also be grateful for the consequent reduction in the volume of travel required by cities. This may mean an abrupt change in space requirements by companies, particularly in terms of dimensions and configurations. Likewise, the residential market, with this way of acting in a growing trend, will also have to adapt, for example by including work spaces in homes (the real "home office"). Another product, which has not always had great adhesion (at least in some geographies) may turn out to be the new normal. We are naturally talking about "coworking" and similar spaces. Spaces that allow breaking the social isolation generated by tele-work, promoting meetings or accessing resources that the "home office" does not provide. Will this be a collateral consequence of a global crisis that has pushed many to experience "work in a different way"? At least the younger generations in the job market, the Millennials and Gen Z, will feel like "fish in the water", probably stimulating "digital nomadism" and work over "great distances" again. Something that will force us to be alert with the progressive return to normality in the various countries after the pandemic, as it may still be a strategic option for investments in development. Who knows.....
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